sábado, 22 de novembro de 2008

PARQUES DE BRASÍLIA

O estado de conservação e os projetos para revitalização dos parques da cidade

Um dos principais pontos turísticos de Brasília, o Parque Sarah Kubitschek, conhecido como Parque da Cidade, necessita de uma reforma mais profunda. Fundado em outubro de 1978, localiza-se no Plano Piloto de Brasília, próximo à Asa Sul. Possui 42 hectares de área verde, ciclovia e pista de cooper com mais de 9 mil metros de extensão, além de parques infantis, equipamentos para auxílio de exercícios físicos, banheiros e bebedouros.

Um projeto foi elaborado no ano passado para sua reforma, onde inclui a reforma das quadras poliesportivas, das churrasqueiras, a praça das fontes, o castelinho e todos os banheiros. A iniciativa privada também deverá colaborar com as obras através do programa “Abrace um Parque”, principalmente na área do Parque Ana Lídia e a piscina de ondas que está desativada há quase 17 anos.

Segundo o administrador do Parque da Cidade, Rivaldo Sergio Carvalho, que tomou posse há 30 dias, desde o início de sua gestão algumas reformas já estão sendo executadas nas quadras poliesportivas, nos brinquedos e nos pára-raios. Além disso, a NOVACAP fez uma limpeza em todo o parque. Ainda não há previsão para o início das outras obras.

Enquanto a reforma não chega, os freqüentadores do parque convivem com as demais estruturas desgastadas.

O estudante Luiz Gustavo, de 22 anos, precisa passar pelo parque todos os dias à noite, até chegar ao local onde faz cursinho preparatório para concursos no Setor Gráfico e segundo ele, existem muitos trechos escuros e inseguros e já flagrou várias vezes pessoas fazendo sexo nessas áreas. Ele disse ainda que já foi assediado, principalmente por homens, que ficam nesses locais esperando alguém passar para lhes propor sexo casual.

A administração informou que a segurança também deverá passar por uma readaptação e câmeras serão instaladas para monitorar o parque, principalmente nas áreas de maior circulação de pessoas. O estacionamento do Pavilhão de exposições que antes era ponto de encontro principalmente entre homossexuais que iriam a procura de sexo, foi alugado pela Brasiliatur para um centro de ensino que fica nas proximidades da área externa do parque.

Onoyama
Além do Parque Sarah Kubitschek, o Parque Onoyama também se destaca pela sua importância não só para a comunidade, mas também para o meio ambiente. A última revitalização foi feita em junho de 2006, onde foram refeitas as cercas que estavam danificadas, além de novas pontes, calçadas, instalação elétrica, a construção do estacionamento e a pintura das quadras poliesportivas. Atualmente todas essas instalações estão precisando de reparos. O parque precisa de uma nova sede e a fiação elétrica do galpão onde ocorrem os eventos foi roubada. Há ainda casos de furtos ocasionados nos veículos que ficam no estacionamento externo. As informações são da própria administração do parque.

Localizado na cidade de Taguatinga, o parque Onoyama possui uma área de 34 hectares e faz fronteira com os parques Boca da Mata e o Parque do Cortado, que são reservas ecológicas. Pertencia à família Saburo Onoyama até o ano de 1988, quando foi doado para o Governo do Distrito Federal. Era administrado pela Comparques, até que a mesma se transformasse em Secretaria no mês de dezembro de 2004. Hoje o parque é administrado pelo Instituto Ambiental de Brasília (Ibram).
Apesar disso, o parque Onoyama possui vigilância durante 24h. O horário de funcionamento é até às 18h para garantir a segurança dos visitantes.

Jussara Cardoso de 48 anos, freqüentadora do parque, afirma que até hoje nunca soube de nenhum caso envolvendo crimes no local. Costuma caminhar tranquilamente e faz meditações diárias.

Segundo a Técnica de Administração Pública e responsável pelo parque, Maria de Lourdes, hoje não há nenhum projeto para revitalização do parque Onoyama. As verbas para manutenção que são enviadas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma), não são suficientes para garantir a conservação da última reforma.

Pelo menos três projetos sociais são desenvolvidos: O Bombeiro Mirim, que atende a 80 crianças da comunidade; O Projeto Esporte nas quadras da Secretaria de Educação, voltado para jovens e adolescentes; e também Ginástica Laboral para pessoas da terceira idade.

Duas vezes ao ano, a Novacap faz limpeza no parque, além de aparar as gramas e podar as árvores.

Outros parques que também precisam de atenção é o parque de Águas Claras e o Parque Olhos D’água que fica na Asa Norte. Embora ambos estejam com boa parte de suas instalações funcionando, alguns reparos precisam ser feitos para prolongar a vida-útil dos mesmos. No Parque Olhos D’água, por exemplo, algumas pontes que passam sobre os córregos precisam de reparos. Segundo a empresária Ludmila Cândida, ao passar por algumas pontes, se ouve vários estalos e algumas tábuas parecem estar soltas.

sábado, 25 de outubro de 2008

DF: ônibus novos com potência de velhos

Comentário a respeito de alguns ônibus "novos" que circulam no DF


Foto: st.df.gov.br



Hoje eu quero falar um pouco sobre o sistema de transporte público do Distrito Federal, em específico sobre os novos ônibus. Essa semana eu peguei um ônibus em direção a cidade satélite de Ceilandia e na via EPTG, no trecho entre Vicente Pires e o balão que fica na entrada de Taguatinga, tem em aclive bastante extenso, mas nada exagerado pois a subida não é tão acentuada. O aclive tem algo em torno de uns 3km de extensão.

O fato é que eu estava num ônibus da Wolksvagem, modelo Comil, o qual foi adquirido há menos de dois anos pela empresa Planeta e ainda estava com uma propaganda do GDF atrás dizendo que faz parte dos 1000 ônibus novos. Este ônibus penou pra subir aquele aclive. Chegamos a uns 30km por hora na faixa da direita e em segunda marcha. O que me gera estranheza é saber que um ônibus novo e rasuavelmente vazio, quase não dava conta de completar a subida pra Taguatinga. Por um momento eu pensei que fosse parar ou quebrar, pois chegou a uns 20km/h. Dava até pra alguém ir correndo do lado acompanhando o veículo. Já é a terceira vez que faço esse trajeto e sempre ocorre o mesmo.

Coincidentemente os três ônibus que tive o desprazer de tomar, foram do mesmo modelo e fabricante. Não sei se o problema é o fabricante ou se o ônibus já está rodado demais. Um cobrador de ônibus de uma linha que liga o Plano Piloto ao Recanto das Emas, disse que boa parte da nova frota que circula no Distrito Federal, são ônibus que vieram do Rio de Janeiro e foram reformados.

Em contrapartida, gostaria de ressaltar que sempre viajo da W3 Norte até o Pistão Sul em Taguatinga, onde preciso passar pelo referido trecho e sempre vou pela empresa Riacho Grande, a qual disponibiliza os ônibus nos modelos Apache Vip e S22 da Mercedes Bens. Esses ônibus sobem aquele aclive numa velocidade média de 60km/h e por vezes ultrapassa até os carros de passeio.

Resta saber agora se o problema dos ônibus que sofrem para subir o trecho é de falta de manutenção da empresa, se é culpa do Fabricante, se os ônibus realmente são de segunda mão como informou o cobrador ou se os motoristas são roda-presa.