sábado, 25 de outubro de 2008

DF: ônibus novos com potência de velhos

Comentário a respeito de alguns ônibus "novos" que circulam no DF


Foto: st.df.gov.br



Hoje eu quero falar um pouco sobre o sistema de transporte público do Distrito Federal, em específico sobre os novos ônibus. Essa semana eu peguei um ônibus em direção a cidade satélite de Ceilandia e na via EPTG, no trecho entre Vicente Pires e o balão que fica na entrada de Taguatinga, tem em aclive bastante extenso, mas nada exagerado pois a subida não é tão acentuada. O aclive tem algo em torno de uns 3km de extensão.

O fato é que eu estava num ônibus da Wolksvagem, modelo Comil, o qual foi adquirido há menos de dois anos pela empresa Planeta e ainda estava com uma propaganda do GDF atrás dizendo que faz parte dos 1000 ônibus novos. Este ônibus penou pra subir aquele aclive. Chegamos a uns 30km por hora na faixa da direita e em segunda marcha. O que me gera estranheza é saber que um ônibus novo e rasuavelmente vazio, quase não dava conta de completar a subida pra Taguatinga. Por um momento eu pensei que fosse parar ou quebrar, pois chegou a uns 20km/h. Dava até pra alguém ir correndo do lado acompanhando o veículo. Já é a terceira vez que faço esse trajeto e sempre ocorre o mesmo.

Coincidentemente os três ônibus que tive o desprazer de tomar, foram do mesmo modelo e fabricante. Não sei se o problema é o fabricante ou se o ônibus já está rodado demais. Um cobrador de ônibus de uma linha que liga o Plano Piloto ao Recanto das Emas, disse que boa parte da nova frota que circula no Distrito Federal, são ônibus que vieram do Rio de Janeiro e foram reformados.

Em contrapartida, gostaria de ressaltar que sempre viajo da W3 Norte até o Pistão Sul em Taguatinga, onde preciso passar pelo referido trecho e sempre vou pela empresa Riacho Grande, a qual disponibiliza os ônibus nos modelos Apache Vip e S22 da Mercedes Bens. Esses ônibus sobem aquele aclive numa velocidade média de 60km/h e por vezes ultrapassa até os carros de passeio.

Resta saber agora se o problema dos ônibus que sofrem para subir o trecho é de falta de manutenção da empresa, se é culpa do Fabricante, se os ônibus realmente são de segunda mão como informou o cobrador ou se os motoristas são roda-presa.